Muito além de uma data comemorativa, um símbolo de luta contra as desigualdades, o machismo e a violência. Oito de março é o dia de ressaltar o poder feminino, porém a força das mulheres na indústria é o ano inteiro.
O Dia Internacional das Mulheres foi criado ainda no início do século 20, no qual alguns fatos históricos retratam eventos que marcariam essa data. Se lá atrás algumas manifestações e revoltas trouxeram à tona a luta das mulheres, principalmente no ambiente de trabalho, atualmente segue ainda mais necessário dar vozes e promover a elas um reconhecimento contínuo da força que nos move.
Por isso, a construção e o crescimento de uma empresa passa pelo respeito e valorização aos colaboradores. Desse modo, neste Dia Internacional das Mulheres, conheça um pouco mais das forças femininas que alavancam o desenvolvimento diário da Indrel Scientific, potencializando melhorias constantes e fortalecendo nossas bases.
Seja nos setores administrativos ou fabris, além de preservar vidas, cuidamos do bem-estar de pessoas.
Fatos que deram origem a data
O primeiro registro do dia das mulheres é datado em 26 de fevereiro de 1909, com a grande passeata em Nova York, propondo melhores condições de trabalho. Na ocasião, cerca de 15 mil trabalhadoras marcharam pela cidade norte-americana.
Seguindo a cronologia dos fatos, em 1910, forças femininas na Europa movimentavam a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, com a proposta de organizar manifestações femininas todos os anos. Consequentemente, o primeiro dia das mulheres foi oficializado em 19 de março de 1911.
Tempos depois, em 1917, um grupo de operárias foram as ruas contra a Primeira Guerra Mundial. O protesto ocorreu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo, 8 de março para o calendário gregoriano – adotado pela maioria dos países no mundo. Assim, então, em 1975 a Organização das Nações Unidades reconheceu e oficializou a data, estabelecendo como marco para relembrar as conquistas políticas e sociais, além de ressaltar a luta por igualdade de gênero e mais respeito na sociedade.
Progresso e espaço no mercado de trabalho: a força das mulheres na busca por melhores condições
A luta das mulheres foi firme e constante em busca de garantias básicas para o exercício da cidadania: No âmbito político, o direito ao voto e a participação em cargos públicos. Na educação, o acesso assegurado para universidades e, principalmente, na ampliação da formação acadêmica. Ou seja, o enfrentamento diante de uma sociedade extremamente patriarcal foi dando resultados e as mulheres foram ganhando mais notoriedade. Desse modo, no mercado de trabalho, ainda que esteja em evolução e haja muitos pontos a serem alcançados, as mulheres aos poucos foram ocupando seus espaços.
Sendo assim, de acordo com pesquisa feita no ano passado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais mulheres têm conquistado o diploma na graduação – na faixa-etária entre 25 a 34 anos, 25,1% das mulheres concluíram a graduação, contra 18,3% dos homens. Enquanto isso, a inserção das mulheres no mercado de trabalho seguia bem abaixo – na faixa-etária entre 25 e 49 anos com filhos, apenas 54,6% das mulheres estavam empregadas, diante de 89,2% dos homens. Portando, dados como esse mostram a disparidade ainda existente em nosso país.
No setor industrial, segmento histórico na luta das mulheres, a força de trabalho feminina cresceu cerca de 14,3% em 20 anos. Os setores que mais se destacaram por esse crescimento são: mineração (65,8%), material de transporte (60,8%), alimentos e bebidas (49,3%), madeira e mobiliário (39,3%), indústria mecânica (37,3%) e papel e gráfico (24,7%).
No entanto, em alguns casos, a inserção das mulheres e a busca por igualdade decorrem de muita força, com jornadas que vão além do trabalho profissional e perpassam para funções domésticas e, em alguns casos, empregos secundários. Conheça um pouco mais sobre a atuação de algumas mulheres que trabalham na produção da Indrel Scientific, representando as forças que inspiram e impulsionam o desenvolvimento de toda a empresa.
A força das mulheres na indústria: esforço e determinação
Se há 50 anos o Brasil contava com apenas 20% das mulheres em atuação no mercado de trabalho, em 2019 a participação feminina mais que dobrou, passando para 54,5%, segundo o IBGE. Os tempos mudaram e dados como esse refletem a evolução constante presente dentro das empresas, principalmente no segmento industrial, onde no passado as mulheres sofriam com péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres.
Mais do que simplesmente números, dar vozes a essas trabalhadoras – que atuam na linha de frente da produção de refrigeradores científicos – e apresentar a força dessas mulheres na indústria é uma forma de homenagear a todas que se sentem representadas. Por isso, dentre todas as mulheres que promovem o desenvolvimento da Indrel, separamos três que fazem parte da produção de refrigeradores de vacinas, freezer para bancos de sangue e plasma, câmaras para laboratórios e termolábeis, ultrafreezer, além do desenvolvimento e implantação de diversas soluções em refrigeração científica. São elas: Daniela, Mayara e Débora, representando a força das mulheres na refrigeração científica.
Há sete anos trabalhando na Indrel Scientific, Daniela Moraes é líder no setor de embalagem da empresa, ela destaca que, no início, trabalhar em um ambiente predominantemente masculino não parecia ser tarefa fácil, mas o apoio e confiança da empresa logo nos primeiros meses foram cruciais para ela firmar raízes construir essa trajetória. “No começo houve alguns obstáculos, hoje eu sou líder de embalagem, mas eu comecei trabalhando na produção, e aqui na Indrel essa questão é um diferencial: logo no segundo mês, já me ofereceram para fazer um curso de empilhadeira, eu aceitei e já comecei a fazer um serviço que, até então, só homens faziam”.
Possibilitar oportunidades para as mulheres crescerem e alcançarem cargos de liderança é uma forma de valorizar os trabalhos prestados pelas colaboradoras, para a Daniela essas chances fazem toda a diferença. “É uma vitória pra gente, as mulheres nesse segmento é algo muito difícil, e a gente tem uma visão diferente que ajuda muito. Eu trabalhei em alguns lugares que o trabalho das mulheres não era reconhecido, as vezes a mulher tem um lugar de destaque, mas não é ouvida e esse é um diferencial daqui, onde as pessoas procuram a gente, pedem a nossa opinião”.
Respeito e acolhimento também sentido pela Mayara da Silva Alves, há aproximadamente um ano e meio como auxiliar de produção na empresa, ela destaca que, logo no início, foi bem recebida por todos e se encaixou ao trabalho. “Quando entrei pensei que não seria fácil, eram muitos homens e eu fiquei meio perdida. Mas aí com o tempo fui me acostumando, eles sempre me trataram bem, me explicaram tudo certinho, então com o passar dos dias foi tranquilo”.
Mas a força e o empenho nas atividades executadas pelas mulheres, na maioria dos casos, se acumulam em dupla jornada de trabalho, como destacam as colaboradoras Daniela e Mayara, ou seja, além do trabalho remunerado elas também desempenham tarefas domésticas. Essa é uma realidade enfrentada por grande parte das mulheres no mercado de trabalho, no qual as jornadas se ampliam por necessidades maiores. É o caso da Débora dos Santos Rodrigues, há pouco mais de um ano na Indrel, a auxiliar de produção trabalha na montagem de equipamentos e fabricação de gavetas e molduras, fazendo – como ela mesmo ressalta – “de tudo um pouco”. Embora sua rotina de trabalho se encerre as 18h00 na Indrel, por objetivos maiores – como a construção da casa própria – a sua jornada continua fora daqui.
“Eu faço faxina na casa de médicos, sou casada com uma pessoa, ela é enfermeira, e ela trabalha no hospital e também faz faxina. Assim nós conseguimos suprir as despesas e podemos construir nossa casa”, destaca Débora. Com uma rotina agitada de domingo a domingo, segundo ela os objetivos estão além da exaustão: “desde quando você conquista alguma coisa para você, acho que não tem cansaço, você está construindo sua casa, pagando um carro ou uma moto que é sua, todo o trabalho vale a pena, todo o seu esforço vale a pena. Eu não sou de ferro, canso também, mas trabalho sempre alegre e não tem dia ruim não”.
De acordo com dados de 2018 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens devido a dupla jornada de trabalho que inclui tarefas domésticas e trabalhos remunerados. Sendo assim, proporcionar um ambiente saudável e de bem-estar para as colaboradoras deve ser prioridade nas empresas. Denilson Méchia, chefe de produção da Indrel, destaca a importância da força das mulheres na indústria e, principalmente, o papel das empresas em acolher bem todas as colaboradoras. “Considero importante e necessário a participação das mulheres em um ambiente industrial porque ainda há uma predominância masculina. Observa-se o interesse das mulheres em buscarem o seu espaço profissional, crescerem internamente e se qualificarem constantemente”, ressalta Denilson.
Para elas, como é trabalhar na produção de refrigeradores científicos?
Nos últimos anos, os refrigeradores científicos (freezer de vacinas, câmara para conservação de bancos de sangue e plasma, refrigeradores para termolábeis e ultrafreezer) têm desempenhado papel fundamental na preservação de vidas, eles são utilizados na conservação de pesquisas, análises clínicas e armazenamento de vacinas, esse último com mais destaque devido à alta demanda em decorrência da pandemia. Fazer parte da fabricação desses equipamentos e reconhecer a importância do próprio trabalho, para elas, é algo fortalecedor.
“É gratificante, pelo fato de eu saber que estou podendo participar e ajudar as pessoas com a fabricação dos refrigeradores para armazenar vacinas e salvando vidas, é muito gratificante”. – Mayara da Silva Alves
“É um orgulho, eu tenho muito orgulho em falar que trabalho na Indrel, acho o meu trabalho maravilhoso. Quando eu vou nos postos e vejo as geladeiras da Indrel, eu sei que elas passam por mim, fiz parte da montagem. – Débora dos Santos Rodrigues.
“É um orgulho, importante porque a gente vê que faz toda a diferença, quando a gente chega para tomar a vacina e vê que o refrigerador é daqui, agrega muito para todos nós”. – Daniela Moraes.